Maria Ângela Loyola, uma das fundadoras da UCL, está entre as finalistas do prêmio Mulheres do Amanhã, promovido pela ArcelorMittal com o objetivo de reconhecer mulheres que inspiram a transformação do planeta, com ações e projetos que visam a vencer desafios vividos pela sociedade.

Foi com a apresentação do Teachers Camp que ela se inscreveu na disputa. Trata-se de um projeto desenvolvido na UCL para motivar professores de ensinos fundamental e médio a utilizarem novas metodologias, a fim de superar o déficit de aprendizagem dos jovens e torná-los mais preparados para o ensino superior e para o mercado de trabalho.

O programa começou em 2016 e já reuniu professores de escolas públicas e privadas de diversos municípios capixabas.

“É, sem dúvida, um projeto transformador, que tenta construir um amanhã melhor através da melhoria da educação, provendo a sociedade de profissionais mais bem capacitados em todos os níveis. É uma iniciativa que deve despertar o interesse da sociedade, afinal, todos concordam que qualquer melhoria na educação ajuda a construir um amanhã melhor”, comentou Maria Ângela.

Sempre à frente do seu tempo

Mulher do amanhã é, sem dúvida, uma descrição que cabe bem a Maria Ângela Loyola, que, em todas as fases da vida, esteve sempre à frente do seu tempo. Em 1971, quando ingressou na Universidade Federal do Espírito Santo, era a única mulher em uma turma de 40 alunos de Engenharia Mecânica. Em 1973, começou a trabalhar em uma empreiteira da Vale que montava a Usina de Pelotização, onde também era a única mulher da equipe. Mais tarde, quando começou a dar aulas na Ufes, era a única figura feminina no Departamento de Engenharia Mecânica, do qual se tornou chefe. Em 2000, também era a única mulher no quarteto responsável pela fundação da Faculdade UCL.

“Em toda essa trajetória, não posso me queixar de episódios de assédio ou desrespeito. Embora em muitos momentos tenha me sentido uma estranha no ambiente masculino, eu sempre me senti respeitada e até protegida por colegas e subordinados. Reconheço que as mulheres têm que mostrar mais diferenciais de conhecimento, de trabalho e de resultados, para conquistarem seu lugar. Sempre segui o lema que  autoridade não pode ser imposta, mas, sim, conquistada com respeito e humanidade”, ressaltou.

Fotos do último Teachers Camp