A ciência é um campo do conhecimento que fascina muita gente e tem a vantagem de oferecer boas perspectivas profissionais. No entanto, ela se divide em muitos segmentos, o que gera dúvidas para o estudante na hora de escolher o seu curso superior. Para ajudar você, vamos falar de uma área que está em alta no mercado: a engenharia de petróleo.

Trata-se de uma carreira que atua em toda a cadeia de produção petrolífera e de outros combustíveis. Exige, portanto, um conhecimento completo dessa área específica, incluindo desde geologia e mineração até legislação internacional do setor.

Ficou interessado nessa profissão que é tendência? Confira nosso post e entenda como atua o engenheiro de petróleo, o perfil desse profissional e o panorama do mercado de trabalho para a área!

O que faz o engenheiro de petróleo?

Esse é o profissional que trabalha com o processo de produção de petróleo, gás natural e biocombustível, desde a exploração de poços e jazidas até a comercialização do produto. Por ser uma área bem peculiar, é importante que o engenheiro tenha uma formação específica para dominar os métodos e tecnologias do setor.

O profissional atua não só com os conhecimentos de engenharia, mas de geologia e mineração em refinarias, petrolíferas, indústrias petroquímicas, plataformas marítimas e institutos de pesquisa.

Os responsáveis por essa área têm grandes responsabilidades, como planejar e coordenar a produção desses recursos de forma segura e sustentável, principalmente para evitar vazamentos e explosões em plataformas. Além disso, devem buscar o mínimo de prejuízo financeiro. São várias as etapas envolvidas nesse tipo de trabalho:

  • prospecção de reservatórios;
  • estudos geológicos;
  • exploração;
  • produção;
  • beneficiamento;
  • refino;
  • transporte;
  • logística;
  • comercialização.

engenharia de petróleo permite ainda trabalhar com consultoria para empresas que exploram petróleo. Nesse caso, as principais atividades são avaliar riscos ambientais e fiscalizar o cumprimento da legislação (nacional e internacional) do setor para ajudar seus clientes.

O profissional também pode atuar no segmento comercial com a prospecção de compradores, pesquisa de preço, exportação e importação desses produtos  — já que tem bom conhecimento sobre o mercado. Outro nicho da carreira é o desenvolvimento e produção de equipamentos voltados para petroquímicas, refinarias e plataformas marítimas.

Qual o perfil desse profissional?

Como todo profissional da área da engenharia, é importante gostar de trabalhar com cálculos e raciocínio lógico. Afinal de contas, como se trata de um curso do nicho das Exatas, não há muito como fugir disso.

Porém, as tarefas do dia a dia devem exigir bem mais do que somente a capacidade de fazer contas e raciocinar sobre um determinado tema. Veja outras habilidades relevantes para o engenheiro de petróleo:

  • ter uma visão analítica;
  • saber tomar decisões de forma rápida;
  • ter boa capacidade de comunicação;
  • saber trabalhar em equipes multidisciplinares;
  • acompanhar as novidades tecnológicas desse campo de atuação;
  • estar pronto para desafios e grandes responsabilidades;
  • trabalhar sob pressão.

Como se vê, é uma carreira que exige um bom preparo científico, técnico e emocional. Há ainda uma grande possibilidade de o profissional trabalhar embarcado (em plataformas marítimas ou navios de beneficiamento e transporte). Dessa forma, ele deve estar disposto a mudar seu estilo de vida, abrir mão da sua rotina e conseguir ficar isolado — longe das pessoas mais próximas, como a família e amigos.

O aprendizado de um segundo idioma, especialmente do inglês, é outro diferencial. Nessa área normalmente existem muitas oportunidades em empresas estrangeiras, logo, quem quiser aumentar as chances de conseguir uma vaga pode apostar no domínio da língua inglesa.

É importante lembrar que as competências técnicas são muito valorizadas, mas nunca se falou tanto na importância do desenvolvimento das soft skills. Além de um currículo diferenciado e cheio de formações, o lado comportamental tem sido muito valorizado pelos recrutadores.

A verdade é que o desempenho de um trabalhador não depende apenas do que ele sabe sobre a área que atua, mas da sua capacidade de lidar com os acontecimentos cotidianos que a sua profissão oferece. Por exemplo, o fato de controlar suas emoções, de conseguir conviver bem com os colegas e expressar suas ideias, de ser proativo e resiliente, entre outros.

Para aqueles que sonham em alcançar posições de gestão e liderança, não há dúvidas de que essas são habilidades especiais. Para completar, a dedicação e atualização constantes ajudam a formar profissionais de excelência.

Como é o mercado de trabalho?

Um dos diferenciais de ter a formação em engenharia de petróleo é a alta empregabilidade no Brasil, tanto no setor público quanto no privado. Isso porque o país é um dos grandes produtores desse recurso com a Petrobras e ainda há carência de profissionais especializados no ramo. Assim, o recém-formado não encontra tantas dificuldades para ser contratado.

Nos últimos anos, com a descoberta dos reservatórios de pré-sal (petróleo localizado a 5 mil metros abaixo do nível do mar), o engenheiro passou a ser ainda mais requisitado nas áreas costeiras dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. No entanto, a exploração de petróleo comum ocorre em toda a costa brasileira.

O desenvolvimento de fontes de energia limpas, como os biocombustíveis, também é um campo de atuação com um panorama bastante positivo, já que a busca por soluções mais sustentáveis é crescente.

A boa notícia é que, com as perspectivas animadoras no mercado de trabalho, a carreira tem remunerações bem atraentes. Segundo informações do guia de profissões e salários da Catho, a média salarial para um engenheiro de petróleo é de R$ 11.117,84.

Sem contar que essa também é uma carreira promissora para quem quer tentar uma oportunidade em outros países e viver experiências internacionais. Grandes multinacionais com atuação nesse segmento de mercado buscam bons engenheiros de petróleo.

Quais tecnologias estão impactando o setor?

Um dos compromissos que todo engenheiro precisa ter é ficar atento às tendências da sua área — desde a construção civil, passando pelas telecomunicações e pelo petróleo ou por qualquer outra vertente da engenharia.

Conhecer as novidades tecnológicas que estão impactando o seu campo é algo fundamental para não se tornar um profissional obsoleto, que não entende ou que não sabe lidar com as demandas do mercado. Afinal, tudo está em transformação contínua, sobretudo quando se trata de um setor tão importante para a economia mundial.

São muitas as tecnologias desenvolvidas para a geração de energia. Um exemplo disso é que hoje os drones — isto é, veículos aéreos não tripulados e controlados à distância — são utilizados pelas empresas para realizar as inspeções das etapas de produção de petróleo e gás, uma possibilidade inimaginável há alguns anos.

Outros modernos equipamentos realizam funções semelhantes, como robôs com sensores de incêndio para as plataformas ou detectores de possíveis acidentes. Inteligência artificial, internet das coisas (IoT), realidade virtual, robótica e outras linhas da tecnologia estão cada vez mais presentes nesse universo.

A intenção é que todas essas inovações facilitem e aumentem a eficiência das operações de combustíveis, mas vale frisar que elas não conseguem suprir a necessidade do conhecimento dos especialistas na área. Portanto, o ideal é que os profissionais desenvolvam suas habilidades sem perder de vista as novidades que surgem e agregam valor ao setor. 

Como se capacitar para atuar na área?

Agora que você conhece as características da área e todas as vantagens que ela oferece para uma carreira de sucesso, deve estar curioso para saber como se qualificar. O estudante interessado pode fazer a graduação em engenharia do petróleo, que tem duração prevista de 5 anos. É uma formação completa para que o profissional adquira o conhecimento científico, técnico e gerencial necessário para atuar em todas as etapas da produção desse recurso.

O conteúdo programático apresenta disciplinas bastante específicas, como:

  • Geologia;
  • Geofísica Aplicada à Extração de Petróleo;
  • Engenharia de Reservatório;
  • Perfuração;
  • Engenharia de Gás Natural;
  • Caracterização de Produtos de Petróleo;
  • Processamento de Petróleo;
  • Engenharia Submarina;
  • Projetos de Óleo e Gás.

É uma faculdade que permite ao aluno viver a realidade desse mercado, até porque geralmente é exigido a conclusão do período de estágio obrigatório e de um projeto empresarial como trabalho de conclusão de curso (TCC).

Pós-graduação

Se você já é formado e se interessou pela carreira pode optar pela especialização lato sensu em engenharia de petróleo e gás natural. Ou seja, em vez de fazer uma nova faculdade, é possível escolher uma pós-graduação e aprofundar o assunto durante os 18 meses de estudo. Esse é um curso direcionado para engenheiros de qualquer área, geólogos, físicos, químicos e matemáticos.

É uma formação técnica e teórica focada nesse mercado de trabalho que é tão carente de profissionais especializados. A matriz curricular abrange os fundamentos da engenharia de petróleo e gás natural, bem como as competências para a perfuração, reservatórios e produção desses recursos.

Enfim, não dá para negar que existe a expectativa de um futuro promissor para quem escolher a engenharia de petróleo como carreira. Se você ficou interessado, considere fazer um curso superior ou mesmo apostar em uma especialização nessa área que está em alta no mercado de trabalho — e não esqueça de desenvolver as habilidades complementares para se destacar.

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