Há alguns anos, não havia muitas razões para ter tantas dúvidas em relação a qual carreira escolher, não é mesmo? Mas, agora, é preciso ficar mais atento a detalhes que diferenciam uma área de outra e acabar de vez com a dúvida: engenharia química ou engenharia de petróleo?

Apesar de as duas profissões apresentarem algumas semelhanças, é fundamental que os interessados conheçam as diferenças entre elas. Saiba um pouco mais sobre ambas as graduações e os campos de atuação, antes de definir qual curso superior vai fazer.

Quer saber mais? Não deixe de conferir o post a seguir!

Engenharia química

O engenheiro químico é o responsável por projetar, construir e/ou operar as instalações de uma indústria química – dentre elas as de petróleo e derivados, alimentos, papel, produtos agrícolas, polímeros, entre outras. Suas funções estão ligadas às transformações físico-químicas que criam produtos em escala industrial.

Sendo assim, o papel de um curso superior nessa área é prover toda a base de conhecimento para que o profissional possa atuar nesse ramo, incluindo, ainda, a capacitação para áreas de gerência.

Para isso, a grade curricular deve ser composta pelas disciplinas tradicionais dos cursos de engenharia – por exemplo: Cálculo, Física, Álgebra, Estatística etc. – e também por algumas matérias específicas, como:

  • Química Inorgânica; 
  • Química Orgânica;
  • Química Experimental;
  • Ciências dos Materiais;
  • Eletroquímica e Corrosão;
  • Cálculo de Reatores;
  • Processos Industriais Bioquímicos;
  • Projeto de Processos;
  • Operações Unitárias.

Normalmente, em 5 anos de estudo, é possível concluir a formação como bacharel, junto às horas de atividades complementares, ao estágio supervisionado e à apresentação de um trabalho de conclusão de curso.

Possibilidade de estudar a distância

Quem tem a rotina atribulada também pode optar pelo curso de engenharia química na modalidade EAD. A educação a distância tem ganhado cada vez mais terreno no ensino superior. Com isso, até cursos que exigem aprendizado prático, como alguns tipos de engenharia, já são ministrados no formato semipresencial.

Nesse modelo de curso, os estudantes fazem 70% das aulas no modo online, ou seja, o conteúdo é disponibilizado em plataformas virtuais, por meio de vídeos curtos intercalados com exercícios. A parte prática das aulas é realizada no formato presencial, nos laboratórios da universidade, e corresponde aos 30% restantes da carga horária.

Os futuros engenheiros químicos podem ficar tranquilos em relação à aceitação do diploma EAD no mercado de trabalho. Hoje, o profissional que se gradua a distância é muito bem-visto pelos empregadores, e sua formação tem exatamente a mesma validade que a graduação tradicional.

Perfil do profissional

De maneira geral, um profissional da área deve investir em habilidades como alto nível de concentração e boa capacidade de raciocínio. Além disso, é necessário ter curiosidade para pesquisar sempre sobre as melhores técnicas para aperfeiçoar seu trabalho.

O profissional ainda deve ser bem familiarizado com as disciplinas básicas, para aplicar seu conhecimento teórico na prática diária das suas atividades. Deve, também, saber lidar com as ferramentas de informática e buscar aprimorar suas características interpessoais, principalmente se quiser alcançar cargos de liderança.

O conhecimento de outros idiomas e a constante disposição para aprender o ajudará a manter-se atualizado de acordo com a evolução do mercado. O interesse pelas questões relacionadas à preservação do meio ambiente também pode ser considerado, atualmente, um fator diferencial para o profissional.

Perspectivas da carreira

O mercado de trabalho para o engenheiro químico é bastante atrativo. Os variados tipos de indústria sempre precisam de um bom profissional na área para comandar suas atividades e para pesquisar e desenvolver métodos cada vez mais eficientes.

Alguns dos setores de maior destaque são o farmacêutico e os de combustíveis, cosméticos, tintas e alimentos. Recentemente, o segmento ambiental tem ganhado muita importância, sobretudo pelo intuito de reduzir os impactos desse tipo de indústria.

Logo, dedicar-se a questões como tratamento de resíduos, fontes de energia renovável e reaproveitamento de matérias-primas pode render boas oportunidades. Outra informação relevante é que a Região Sudeste concentra as maiores fábricas, sendo que o estado de São Paulo é o mais forte na produção química.

Segundo a Catho, a média salarial no Brasil para a área é de aproximadamente R$ 5.848,61. Entre as outras possibilidades profissionais, estão a carreira acadêmica — que, geralmente, requer cursos de mestrado e doutorado — e as consultorias especializadas.

Engenharia de petróleo

Por sua vez, o engenheiro de petróleo pode atuar em todas as fases da cadeia de produção de combustíveis — como o próprio petróleo, o gás natural ou os biocombustíveis.

Além de planejar e coordenar essa produção, ele pode ser responsável pela pesquisa de novas jazidas, preocupando-se desde a exploração até as etapas de refino, transporte, comercialização, logística etc.

A grande diferença nesse sentido é que a engenharia de petróleo é uma área mais específica do que a engenharia química. A primeira aprofunda mais o seu conhecimento, estudando conteúdos como Geofísica e Mineração, enquanto a outra não precisa ficar restrita a trabalhar com os subprodutos do petróleo, uma vez que a indústria química é mais ampla.

Da mesma forma, o curso de nível superior tem duração média de 5 anos, com os mesmos pré-requisitos da engenharia química para concluir a formação. A matriz curricular apresenta disciplinas semelhantes, sendo que, entre as mais específicas, estão, por exemplo:

  • Geologia;
  • Geofísica Aplicada à Extração de Petróleo;
  • Engenharia de Reservatório;
  • Perfuração;
  • Fluidos de Perfuração;
  • Engenharia de Gás Natural;
  • Caracterização de Produtos de Petróleo;
  • Economia do Petróleo;
  • Projetos de Óleo e Gás.

Perfil do profissional

Em primeiro lugar, não dá para desconsiderar nesse tipo de perfil o interesse pela área de exatas e, especificamente, pela cadeia produtiva do petróleo — coisas que sempre farão parte do dia a dia do profissional.

Outra característica é que, muitas vezes, o engenheiro de petróleo terá que lidar com a pressão natural desse tipo de trabalho e com responsabilidades muito grandes, o que exige preparação técnica e emocional.

Nessa área, o domínio de outra língua — especialmente o inglês — tem um peso ainda maior, devido ao forte contato com empresas internacionais, softwares estrangeiros e referências nesse idioma.

Para aqueles que optam pelo trabalho embarcado, disposição e coragem para enfrentar alguns riscos pode ser um diferencial, assim como disponibilidade para ficar algumas semanas em alto-mar — longe de casa, da família, dos amigos etc.

Perspectivas da carreira

Há espaço nas empresas públicas e privadas dos setores comercial, primário, industrial e de serviços. As oportunidades estão muito ligadas à expansão da exploração de petróleo no Brasil e no mundo, sendo que, por aqui, os concursos da Petrobras costumam atrair muitos candidatos.

Muitos profissionais com essa formação atuam em outros países, aproveitando boas vagas oferecidas por grandes empresas multinacionais que trabalham no ramo petrolífero.

Em geral, não há grandes dificuldades para o profissional com um diploma na área, já que não há tanta mão de obra especializada. No mercado brasileiro, os estados do Rio de Janeiro e São Paulo são os que mais oferecem vagas nas indústrias de petróleo e gás, mas em praticamente toda a costa é possível encontrar algumas chances.

De acordo com a pesquisa da Catho, a média salarial do engenheiro especialista em petróleo é ainda maior, chegando a R$ 11.117,84 no Brasil.

Engenharia química ou engenharia de petróleo: como se destacar na área

Seja engenharia química, seja engenharia de petróleo, para se destacar na área escolhida, você precisa investir em desenvolvimento profissional. Pessoas graduadas existem em grande quantidade no mercado, mas nem todas conseguem alcançar sucesso na carreira. Veja quais passos fazem diferença nessa jornada!

Escolher uma faculdade reconhecida

O pontapé inicial de uma trajetória profissional bem-sucedida está na escolha da instituição de ensino. Há inúmeras entidades de educação superior credenciadas, mas nem todas oferecem uma formação completa, que seja vista como referência. Então, informe-se sobre a qualidade acadêmica da universidade para fazer a escolha certa.

Fazer especializações

Se a graduação ainda é vista como um importante requisito para conquistar boas vagas de trabalho, pense no peso que tem o título de especialista! Fazer uma ou mais especializações é primordial para quem pretende desenvolver conhecimento específico e se tornar autoridade em determinado ramo da profissão. Manter-se atualizado também significa ficar de olho nas tendências do mercado e acompanhar o desenvolvimento das tecnologias da área.

Aprimorar habilidades

O aprimoramento contínuo não se restringe aos conhecimentos técnicos. Também é importante lapidar habilidades e competências comportamentais que fazem diferença. Saber se comunicar de forma eficiente, demonstrar espírito de equipe e liderança e ser inovador e proativo são alguns traços que enriquecem o perfil do profissional.

Adquirir experiências enriquecedoras

Você, que ainda é jovem e está prestes a iniciar a jornada acadêmica e profissional, pode até questionar: “Como adquirir experiência, se eu não tiver oportunidade?”. É claro que o sucesso também depende das circunstâncias, porém o empenho e a disposição são elementos-chave para fazer novas portas se abrirem.

As experiências obtidas em estágios ou outras atividades complementares, como iniciação científica e voluntariado, também são válidas para o currículo e para o repertório técnico.

Investir em marketing pessoal e fazer networking

Para conseguir boas parcerias profissionais, também é necessário ampliar sua rede de relacionamentos e caprichar no marketing pessoal. Tome cuidado com postagens polêmicas ou inadequadas em redes sociais. A internet é um mar aberto, e qualquer pessoa pode ter acesso às suas ideologias. Aproveite, então, para nutrir suas páginas com informações produtivas e que possam gerar visitas e contatos promissores.

Ao longo do post, você entendeu quais são as principais diferenças entre engenharia química e engenharia de petróleo e como se destacar na profissão. O ideal para decidir entre as duas carreiras é rever seus interesses e analisar o mercado para facilitar sua escolha. Como são áreas exigentes e específicas, vale levar em consideração não só as aspirações profissionais, como o talento e as habilidades para cada uma. 

E, então, qual delas é mais a sua cara? Engenharia química ou engenharia de petróleo? Aproveite para divulgar as informações que você acabou de adquirir e, assim, ajudar outras pessoas que também estão em dúvidas sobre o curso superior. Para isso, basta compartilhar este post em suas redes sociais!