Tudo o que você precisa saber sobre a graduação sanduíche da UCL
Desde o colegial, muitos estudantes demonstram interesse em estudar fora do país, ter contato com outra cultura, alcançar a fluência em outra língua e ter uma formação internacional. No entanto, é na faculdade que esses jovens veem possibilidades reais de realizar esse sonho graças aos programas de incentivo à mobilidade acadêmica que muitas instituições de ensino têm, como é o caso da graduação sanduíche.
E como é comum surgirem dúvidas sobre o assunto, em especial sobre como funciona essa modalidade, quais as vantagens dela, como deve ser o planejamento do intercambista para morar no exterior, se há chances de obter bolsa e afins. Reunimos, neste post, as principais questões a respeito do tema. Portanto, acompanhe com atenção e saiba tudo o que você sempre quis a respeito desse tipo de programa!
O que é uma graduação sanduíche?
A graduação sanduíche é uma modalidade de intercâmbio que tem ganhado bastante força nos últimos anos e atraído cada vez mais estudantes universitários.
O motivo? É que ao realizá-la você pode passar um ou dois semestres em uma instituição de ensino no exterior tendo a oportunidade de aprofundar o seu aprendizado, desenvolver o seu raciocínio crítico e expandir o seu conhecimento teórico e prático sobre a área de atuação desejada para a sua vida profissional.
Tudo isso por meio de aulas, atividades acadêmicas, práticas laboratoriais e eventos diferentes do que você tem na sua universidade de origem e que funcionam justamente como um complemento para a sua formação e, acima de tudo, o seu currículo.
E não se engane: o fato de você passar um período em outra faculdade não significa que você atrasa o seu curso e, consequentemente, a obtenção do seu diploma, viu? Isso porque as disciplinas feitas fora podem ser aproveitadas como parte da sua matriz curricular obrigatória e também como matérias opcionais.
Mas não acaba aí, já que, além de tudo isso, você também conta com a possibilidade de vivenciar a realidade e as tradições de outro país, ter uma grande troca cultural com nativos e intercambistas de outras partes do mundo e expandir os seus horizontes — ou seja, é uma experiência completa e transformadora.
Como funciona esse programa na UCL?
Agora que você está por dentro do que é esse programa e o diferencial dele, vamos falar como a graduação sanduíche funciona na UCL. Assim, você fica por dentro das suas opções de destinos, além, é claro, dos critérios necessários para ser aprovado para estudar no exterior.
Destinos possíveis
A UCL conta com 3 universidades conveniadas para possibilitar aos alunos uma formação internacional. Ou seja, instituições de ensino com quem firmou parcerias para facilitar e auxiliar a sua mobilidade acadêmica. Veja quais são:
- École des Mines (França): para obtenção de duplo-diploma;
- Hanze Institute of Technology (Holanda): para graduação sanduíche; e
- University of California Berkeley (EUA): para cursos de férias.
Portanto, para quem deseja fazer uma graduação sanduíche em uma instituição parceira, o destino é a segunda opção. “Mas isso significa que eu não posso tentar realizar 1 ou 2 semestres em outra faculdade e até, quem sabe, em outro país?”, você deve estar se questionando. Saiba que a resposta é sim.
No entanto, ao optar por isso, é preciso estar ciente de que não haverá mais a mesma facilitação, acolhimento no destino e, principalmente, suporte durante e depois do processo de obtenção de vaga.
Aliás, o processo seletivo e os critérios para estudantes internacionais podem variar bastante de um local para o outro e você será o único responsável por pesquisar os dados e prazos, informar-se sobre os custos para intercâmbio avulso — que tendem a ser mais elevados —, obter a documentação necessária etc.
Vale citar ainda que será preciso fazer trancamento da matrícula na sua universidade de origem pelo período do programa e negociar o aproveitamento das disciplinas que serão cursadas, certo?
Cursos compatíveis
Como já mencionado, o Hanze Institute of Technology (HIT) é a instituição de ensino para graduação sanduíche com a qual a UCL tem convênio. Localizado na cidade estudantil de Groningen, no norte da Holanda, esse instituto de tecnologia tem foco nas ciências exatas, em especial nos ramos de Engenharia e Energia. Logo, é preciso cursar alguma das graduações abaixo para estar compatível para o programa:
- Engenharia Civil;
- Engenharia Elétrica;
- Engenharia Mecânica;
- Engenharia Biomédica;
- Engenharia de Computação;
- Engenharia de Petróleo;
- Engenharia de Produção;
- Engenharia de Controle e Automação (Mecatrônica);
- Engenharia Química.
Critérios para admissão na modalidade
Além de realizar um curso em uma das áreas de Engenharia, como mostrado há pouco, você deve atender a outros critérios para ser elegível e, consequentemente, admitido nessa modalidade. O primeiro deles é se inscrever no Programa de Formação Internacional da UCL.
Para tanto, é preciso estar regularmente matriculado entre o quinto e o nono semestre, com média geral superior a 7. O segundo, por sua vez, é ter recursos financeiros, sejam próprios ou por meio de bolsa de estudo, para se manter no país e arcar com os custos, como acomodação, alimentação, transporte etc.
Também é indispensável que você já tenha um certificado de proficiência na língua inglesa emitido pelo IELTS ou TOEFL — uma vez que as aulas serão em inglês e você precisará ter domínio para se comunicar, compreender e debater os assuntos vistos em sala de aula tanto com os colegas quanto com os professores.
Além disso, você deve participar de uma entrevista realizada pela Coordenação de Projetos Internacionais da universidade para que, dessa forma, conheçam mais das suas motivações, dos seus objetivos e do seu perfil de estudante.
Mas não só isso, já que nesse “encontro virtual” ainda são apresentados os detalhes da aplicação de candidatura à vaga, as políticas da instituição, os detalhes da graduação e o que se pode esperar ao longo dessa temporada no exterior para sua formação profissional etc.
Existe bolsa para cobrir as despesas desse tipo de intercâmbio?
Essa é outra dúvida comum, especialmente entre aqueles alunos que têm o orçamento familiar mais apertado e não dispõem de recursos financeiros para arcar com um intercâmbio por conta própria.
Se esse é o seu caso e você deseja muito estudar fora do país, saiba que há, sim, bolsas que podem ser parciais ou que custeiam toda sua temporada no exterior, incluindo os gastos com passagens, seguro de saúde e material de estudo. Elas podem ser concedidas, por exemplo:
- pelo Governo Brasileiro — por meio de órgãos como a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq);
- pela universidade de destino;
- por organizações sem fins lucrativos, como a Fundação Lemann e a Fundação Estudar;
- por organizações privadas nacionais, como o Santander Universidades;
- por iniciativa de institutos e programas internacionais, como o Erasmus Mundus, o Orange Tulip Scholarship, o Chevenning, o DAAD e o Fullbright.
Para saber se está apto a concorrer a essas bolsas, é fundamental não só ter excelente desempenho acadêmico, mas, acima de tudo, ficar atento ao lançamento do edital de chamada de cada uma delas — que ocorrem em períodos distintos ao longo do ano.
Assim, você não perde nenhum prazo e confere os critérios do processo seletivo, o que é necessário para manutenção do auxílio, o público-alvo, o que é coberto por esses aportes financeiros, quais nações e universidades são contempladas e demais detalhes que serão essenciais para sua tomada de decisão.
Vale lembrar também que, caso seja do seu interesse, muitas dessas organizações, fundações, iniciativas, institutos e afins também ofertam bolsas para a pós-graduação.
Logo, é possível se planejar para não só realizar uma graduação sanduíche no exterior, mas também um mestrado, um MBA, uma especialização ou um doutorado fora do país — algo que, sem dúvidas, vai enriquecer ainda mais o seu currículo, expandir os seus horizontes e proporcionar uma formação com viés global.
Quais as vantagens dessa modalidade?
Quando se fala das vantagens de fazer uma graduação sanduíche, muitos estudantes logo pensam nos pontos positivos que esse tipo de intercâmbio trará para a carreira deles — o que não está errado.
Porém, a verdade é que essa experiência vai além de projetar bons frutos na vida profissional: também é extremamente benéfica para o âmbito pessoal. E é para mostrar isso que reunimos, abaixo, alguns dos benefícios de realizar essa mobilidade estudantil na sua formação. Veja:
Currículo internacional
O primeiro deles, como não poderia deixar de ser, é o fato de você agregar valor ao seu currículo com uma formação internacional, algo que mostra o seu empenho e o seu comprometimento com a própria capacitação para ser um profissional ímpar no mercado.
Não é para menos que em processos de recrutamento e seleção a esmagadora maioria das empresas busca candidatos com esse diferencial, pois sabe que, além da excelente qualificação, eles têm uma visão de mundo global.
Com isso, você passa a ser mais valorizado na sua profissão, alcança cargos mais importantes e obtém o retorno financeiro esperado para ter um bom padrão de vida.
Domínio de uma segunda língua
A próxima grande vantagem, sem dúvidas, é a possibilidade de você adquirir domínio em uma segunda língua, seja ela o inglês, o espanhol ou o francês, por exemplo.
Isso porque você convive tanto com nativos quanto com estudantes de outras nacionalidades, o que tende a estimulá-lo a desenvolver suas habilidades de expressão e comunicação em outro idioma — além disso, muitos intercambistas inclusive acabam indo mais longe, ganhando fluência não apenas em um, mas em dois ou mais.
Aliás, essa é uma característica cada vez mais requisitada pelo mercado de trabalho, visto que profissionais bilíngues ou mesmo poliglotas podem assumir cargos estratégicos em filiais e franquias em outras nações.
Ampliação da rede de contatos
Outro benefício é a oportunidade de você investir no seu networking e, a partir daí, abrir diversas portas para o seu futuro profissional. E é fácil entender o porquê disso, já que você terá contato — em sala de aula, no campus e durante os eventos acadêmicos — com novos colegas, professores, equipe de profissionais da universidade e muito mais no seu destino.
Nesse cenário, é possível pensar em indivíduos que podem se tornar seus futuros parceiros em projetos de trabalho, indicar você para estágios e/ou empregos em empresas internacionais ou mesmo servirem como recomendação para uma pós no exterior (com ou sem bolsa).
Desenvolvimento e amadurecimento pessoal
Além do que já foi dito, uma graduação sanduíche é um grande catalisador de mudanças pessoais que revitaliza a forma como você vê o mundo. A razão disso é que você passa pelas mais diferentes situações em que convive com pessoas com quem normalmente não teria contato e que têm costumes, hábitos e backgrounds culturais totalmente diferentes dos seus.
A partir dessa vivência e do contato com a diversidade de ideias e pensamentos, você amadurece e se torna um ser humano mais desenvolvido emocional e intelectualmente, capaz de lidar com as diferenças, abdicar de velhos preconceitos e julgamentos e ser alguém mais empático e sociável.
Autoconfiança e independência
Por fim, um intercâmbio faz com que você se torne uma pessoa mais autoconfiante e independente. Isso acontece por vários fatores, principalmente pelo fato de você se mudar para outra nação e viver até um ano longe de familiares, amigos e conhecidos.
Por conta disso, você precisa se arriscar, tomar iniciativa, ser proativo, buscar se informar e, acima de tudo, resolver os contratempos e problemas que surgirem por si só — e isso tudo, é claro, em outro idioma.
Ou seja, essa experiência o desafia a crescer, sair da sua zona de conforto e se tornar alguém mais adaptável à realidade na qual está inserido.
Como se planejar para o intercâmbio?
Neste penúltimo tópico, vamos falamos sobre as etapas do planejamento para realizar uma graduação sanduíche. Afinal, esse é o tipo de decisão que não é tomada de um dia para o outro. Ao contrário, exige uma preparação e, principalmente, uma grande organização da sua parte. Por isso, fique atento às nossas dicas:
Não se descuide em relação aos prazos
Sim, nós já os citamos outras vezes neste post, mas é preciso voltar a tratar deles. Isso porque tanto o calendário escolar quanto o acadêmico nos países europeus, nos Estados Unidos, no Canadá e no Reino Unido são diferentes do adotado no Brasil.
Enquanto em território nacional o ano letivo se inicia em janeiro e o segundo semestre em agosto, nesses outros lugares é o oposto. Ou seja, um ano regular aqui seria composto pelos períodos 2019.1 e 2019.2, mas em uma instituição de uma dessas nações seria composto pelos períodos 2109.2 e 2020.1.
Como você viu, é um detalhe simples, mas que pode causar confusão e dificultar, pela falta de tempo, o processo seletivo, o envio da documentação necessária, a definição de moradia, o recebimento do visto, a obtenção de uma bolsa de estudos etc. Portanto, fique esperto!
Faça o seu passaporte com antecedência
Para viajar para o exterior, é exigida a apresentação de um passaporte. Portanto, se você ainda não tem esse documento, é preciso providenciá-lo na Polícia Federal. Mas, se já o possui, repare na data de vencimento dele.
O motivo disso é que, para solicitar o visto e conseguir passar pela imigração, ele ainda deve ter, no mínimo, mais 6 meses de validade a contar da data do seu retorno. Se esse não for o seu caso, será necessário retirar uma segunda via do passaporte.
Prepare um orçamento para a sua estadia no exterior
Se você decidir realizar um intercâmbio por conta própria, é essencial se antecipar e pesquisar sobre o custo de vida na cidade em que vai morar. Assim, você poderá definir um valor mensal necessário para se manter nela sem imprevistos — e o principal: esse planejamento deve cobrir todas as suas despesas com acomodação, transporte, alimentação, lazer etc.
Esse tipo de informação pode ser obtido tanto pelo Departamento de Imigração do país quanto pelo portal da instituição escolhida. No entanto, se você obtiver apoio financeiro de uma fundação ou instituto, por exemplo, é interessante levar uma reserva apenas como precaução.
Aliás, aproveite para acompanhar o câmbio diariamente e aproveitar um momento de alta do real para comprar a moeda local (euro, dólar, libra etc.).
Pesquise pelas passagens e pelo seguro de saúde
Além dos custos durante a sua estadia no exterior, também vão surgir alguns antes mesmo de você embarcar para o seu destino, como a compra de passagens e a contratação do seguro de saúde. Por isso, é importante pesquisar, inclusive com agências de intercâmbio, trechos aéreos com descontos ou promoções.
Lembrando sempre que é preciso adquirir tanto o bilhete de ida quanto o de volta para solicitar o visto de estudante, certo? Já em relação ao seguro de saúde, ele deve cobrir todo o período em que você permanecerá no país escolhido e atender emergências médicas e odontológicas.
Aliás, no caso dos países da Europa, deve estar em conformidade com as exigências do Tratado de Schengen — responsável por regular as normas de assistência internacional no velho continente.
Escolha qual será o seu tipo de moradia
Outra etapa importante é definir o seu tipo de moradia no país. Isso porque esse detalhe é um dos que mais influencia os seus gastos no destino, em especial o de locomoção diária. Como aluno, você pode optar pela acomodação no alojamento da própria universidade — quando essa opção estiver disponível, é claro.
Uma segunda possibilidade é o aluguel de um quarto em uma residência universitária ou de um estúdio — que são apartamentos pequenos e que, geralmente, contam com um único cômodo.
Além dessas opções, há uma terceira possibilidade: juntar-se com outros estudantes internacionais e dividir os custos não só do aluguel de uma casa ou de um apartamento, mas também os que envolvem internet, água, gás, eletricidade etc.
Essa é uma das alternativas mais populares na Europa, justamente por permitir aos intercambistas reduzir as despesas mensais e, dessa forma, ter um dinheiro extra para viajar e conhecer nações vizinhas por meio de companhias aéreas low cost.
Como escolher outra instituição de ensino em outro local?
“E se eu escolher me candidatar a uma vaga em um programa avulso de graduação sanduíche diretamente na universidade de destino ou mesmo concorrer a uma bolsa de estudos que cobre as despesas estudantis em diversos países? Nessas situações, como devo escolher a melhor instituição de ensino e o melhor local para morar?”, você deve estar curioso para saber.
Bem, nesses casos, antes de qualquer coisa é importante listar as faculdades que se destacam na sua área de graduação e que podem ser um grande diferencial para a sua formação.
Você pode recorrer, por exemplo, a levantamentos internacionais que apontam as universidades que são referências em qualidade de ensino, infraestrutura e recepção de estudantes internacionais. Dois dos mais populares são o QS World University Rankings e o Times Higher Education World University Rankings.
Feito isso, você deve pesquisar o máximo de dados possíveis sobre as cidades e os países em que se encontram, como IDH, custo de vida, qualidade dos serviços básicos (segurança, educação, saúde, transporte público etc).
Quando reduzir suas opções a 3 ou 2, será o momento de se comunicar com a coordenação do seu curso e checar a viabilidade do aproveitamento de disciplinas que você pretende fazer. Isso porque em casos de instituições que não são conveniadas, nem sempre é possível realizar esse processo.
Os motivos são vários, como matrizes curriculares muito diferentes, projetos pedagógicos distintos, matérias com menos carga horária, quantidade de créditos que não são compatíveis com os aplicados no Brasil etc. Feito esse passo a passo, você encontrará uma faculdade que realmente atenda aos objetivos do seu intercâmbio.
Depois de ler sobre o Programa de Formação Internacional da UCL e conhecer mais a respeito do que é e como funciona a graduação sanduíche, certamente as suas dúvidas sobre o tema foram todas respondidas, não é mesmo? Por isso, aproveite as informações deste post para começar a pensar no seu futuro e se programar para viver essa experiência que trará inúmeros benefícios para a sua vida pessoal e, acima de tudo, profissional.
E já sabe: não deixe de entrar em contato com a gente para mais informações, sugestões e orientações sobre como estudar no exterior!